
Na segunda-feira (15/12) começou a greve nacional dos petroleiros e a partir do dia 16/12* em todo Brasil os trabalhadores dos Correios decidem também cruzar os brazos. São duas categorias estratégicas na economia e na logística do Brasil, país dependente e com dimensões continentais. A força dos trabalhadores se torna ainda maior ao paralisar a logística de entregas às vésperas do natal e ano novo.
A greve petroleira iniciou com forte adesão e já enfrentou a repressão policial. Tudo indica que ambas as greves serão duras, exigindo a unificação dos movimentos contra o inimigo comum, assim como ações combativas, poder real às bases e impulsionar a solidariedade classista se quisermos alcancaçar a vitória dos trabalhadores contra os patrões e o governo!
Nenhuma ilusão no governo Lula e nas burocracias da CUT/PT
As greves na Petrobrás e Correios iniciam após meses de mesas de enrolação, aonde o Governo Lula e as empresas, por um lado, mantinham suas propostas inaceitáveis de retirada de direitos e negação das reivindicações das categorias, e, por outro lado, as burocracias sindicais da CUT/PT alimentavam ilusões no governo e não preparavam de fato o movimento grevista. Assim, as greves estouram com os trabalhadores chegando ao limite da indignação! É fundamental romper desde já com as ilusões no Governo Lula e ver ele tal como é: um inimigo dos trabalhadores!
Não à precarização e a privatização: Petrobrás e Correios à serviço e sob controle dos trabalhadores!
A revolta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho enfrenta uma grande ofensiva das classes dominantes para aumentar os seus lucros através das políticas de precarização do trabalho/serviços e da privatização das empresas estatais. Por outro lado, a “estatização”, dentro do nosso Estado burguês e corrupto, não é garantia de solução do problema. Devemos resistir com unhas e dentes contra a precarização e as privatização, mas acumulando forças para uma estratégia e programa classistas, que coloquem a Petrobrás e os Correios à serviço e sob o controle do povo trabalhador brasileiro.
* O início da greve nacional dos trabalhadores dos Correios foi postergada pelas burocracias sindicais da FENTECT e FINDECT de 16/12 para 23/12, atendendo ao pedido do governo Lula para mais uma semana de “negociação”.






