GDF: TIRA A MÃO DO MEU VALE-TRANSPORTE!

Por Érico.

No último dia 31 de janeiro, os trabalhadores e usuários do transporte público do Distrito Federal foram surpreendidos com o novo absurdo que o GDF publicou em Diário Oficial: agora os cartões mobilidade e vale-transporte terão prazo de validade de um ano para serem utilizados. Caso o valor não seja utilizado dentro deste prazo, o GDF roubará os trabalhadores e destinará os valores retidos à manutenção do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal.

Não é de hoje que o GDF em diferentes gestões dificulta a vida de estudantes e trabalhadores. Em 2019, o ex-governador Rollemberg (PSB) aumentou a tarifa do transporte coletivo à época de R$ 4 reais para R$ 5 reais. Assumindo o mandato seguinte, o advogado milionário Ibaneis Rocha (MDB), não satisfeito com a injustiça, aumentou de R$ 5 reais para R$ 5,50 o valor da tarifa metropolitana. E os ataques de Ibaneis também se direcionaram ao Passe-Livre estudantil, quando em janeiro de 2019 afirmou que restringiria o direito ao passe-livre dos estudantes, numa cidade com enorme desigualdade social, péssima mobilidade urbana e transporte público terrível!

Amigo da máfia do transporte público, em 2020, enquanto centenas de pessoas morriam e milhares sofriam com a covid-19, desemprego e a falta de vacinas, Ibaneis liberou cerca de 100 milhões de reais às empresas de transporte coletivo como crédito suplementar. Em 2022, sua gestão pretendia ainda destinar impressionantes 504 milhões de reais a essas mesmas empresas, como forma de equilibrar as contas dos mafiosos.

Tanto os trabalhadores residentes no DF, quanto os residentes nos municípios goianos do Entorno gastam quantidades significativas de seus salários com o transporte público ineficiente no DF e em Goiás. Os cartões de mobilidade podem ser recarregados tanto individualmente pelos usuários quanto pelas empresas que fornecem o vale-transporte e depositam direto no cartão dos trabalhadores. Muitas vezes o valor acumula, e esse valor passa a servir não somente às idas e vindas todos os dias dos seus respectivos locais de trabalho ou estudo.   Agora, mais uma vez o governo quer que o trabalhador pague pela pilantragem de políticos, do Banco Regional de Brasília – BRB, que administra o sistema de tarifa de transporte de Brasília, e das empresas de ônibus que atrasam salários de trabalhadores rodoviários, e colocam nas ruas transportes desconfortáveis, sucateados e que apresentam riscos à saúde dos usuários do sistema.

O momento atual de fragilidade do Governo do Distrito Federal devido ao afastamento do governador reeleito – Ibaneis Rocha –  e posse da interina Celina Leão, torna propício para o enfrentamento aos ataques que a população do DF e Goiás têm sofrido pelas mãos dos políticos e empresários brasilienses. As ruas vazias dão a mensagem também da fragilidade dos movimentos sociais e sindicatos, que pacíficos e dependentes da articulação parlamentares da CLDF, não respondem à altura com a ação necessária para combater nossos algozes, e reverter, lutar, e vencer demandas tão caras ao povo trabalhador.

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