Editorial do Jornal O Amigo do Povo, nº1, Março/Abril/Maio de 2022.
por Antônio Galego.
Iniciamos 2022 da pior forma possível para a classe trabalhadora: muitos problemas sociais, poucas lutas populares e muito oportunismo eleitoral. Na ausência de uma mobilização contundente com greves e protestos, a polarização Bolsonarismo versus Lulismo tem ganhado cada vez mais força.
Sem uma alternativa popular muitos têm caído na lógica eleitoreira. É como se toda luta por direitos fosse impossível ou inútil. Muita chantagem tem sido utilizada pelos partidos pra atacar quem segue acreditando na luta e boicotando a farsa eleitoral: a mais comum é de estar “em cima do muro”.
Mas que “muro” é esse que falam os eleitoreiros? É a separação ilusória entre dois projetos de dominação do sistema. É a opção do povo escolher o seu próximo carrasco.
A verdade é que a principal divisão na sociedade é a de classes, é por ela que os trabalhadores e revolucionários devem guiar sua luta por direitos e libertação! E na luta de classes todos os partidos da ordem, 1ª, 2ª ou 3ª via, estão na prática do lado da classe burguesa e do sistema.
Na luta de classes nós nunca ficamos em cima do muro, sempre estaremos com os trabalhadores contra os opressores de todas as cores. Nessa luta (a que realmente importa!) são os oportunistas eleitoreiros que estão em cima do muro, conciliando com os assassinos e exploradores do povo para ganhar votos e cargos. E é exatamente por isso que boicotamos a farsa eleitoral dos ricos: por escolher o lado da classe trabalhadora! ■