Grupo Libertação Popular (GLP-DF) – Brasília, Outubro de 2024.
Esse texto é dirigido a todos os professores da rede básica de Educação do Distrito Federal, efetivos e temporários, aposentados, filiados e não-filiados ao sindicato, em especial aos professores que, com um grande senso de justiça e indignação, se opõem a atual diretoria do SINPRO, se organizando ou não em grupos e movimentos de oposição. É um chamado à reflexão, ao debate e à luta. As coisas não vão bem, mas podem piorar ainda mais. Só com nossa luta e união poderemos mudar essa realidade.
A nossa situação atual
Vivemos uma década de arrocho salarial e perda de direitos, uma expansão desenfreada do trabalho temporário, a criação e consolidação de escolas militarizadas, a privatização da educação infantil através de “parcerias”, o sucateamento e desvalorização da formação continuada, a incompetência e a lógica neoliberal do Novo Ensino Médio, e como se não bastasse, nas últimas semanas trabalhamos debaixo de fumaça e com a ameaça de novo ataque à previdência com a PEC 66. Tudo isso tem gerado adoecimento físico e psicológico da nossa categoria, em um clima de cansaço e desesperança.
Todos esses retrocessos são marcas dos últimos governos do DF, de esquerda e de direita, mas também da atual diretoria do SINPRO. A destruição da campanha salarial desse ano é de inteira responsabilidade deles. A pífia “luta” contra a PEC 66 demonstra a inutilidade também da CUT e da CNTE, quando o mínimo seriam dias nacionais de greves e mobilizações, marchas à Brasília, etc. A diretoria do SINPRO (PT e PCdoB) tem sido incapaz de gerar a confiança na base de que a nossa luta e organização podem conquistar direitos e melhorias. Seus métodos e táticas falidas desmoralizam a luta sindical, quando muito orientam pelo “menos pior” ou participam de mil eventinhos institucionais e negociatas de gabinete e as apresentam cinicamente como “vitórias da luta”, enquanto na realidade amargamos uma avalanche de derrotas e retrocessos. Continuar a ler →