DF | Audiência e protesto denunciam a criminalização dos movimentos populares

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A luta contra a criminalização dos movimentos populares que lutam por terra e por moradia no Distrito Federal deu mais um passo importante na manhã do dia 05/12.

Nesse dia ocorreu a Audiência Pública na Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara dos Deputados com o tema “criminalização dos movimentos sociais”. A denúncia principal foi a condenação de 11 ativistas e ex-ativistas do Movimento Resistência Popular (MRP) e da forte repressão contra o Acampamento Terra Prometida em Brazlândia (DF).

O ato-Audiência contou com a participação do Movimento Resistência Popular (MRP), Frente Nacional de Luta Campo Cidade (FNL), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Grupo Libertação Popular (GLP) e do Coletivo de Base Honestino Guimarães (CBHG), além dos parlamentares Glauber Braga (PSOL) e Érika Kokay (PT).

Durante a audiência, as lideranças e acampados do Terra Prometida denunciaram as violências e perdas sofridas pelas mãos da polícia, capangas, e em especial pelas ações ilegais e falsamente “ambientais” do ICMBIO. Já são mais de 40 despejos sofridos, com destruição de casas, plantações e árvores frutíferas, roubo de animais, agressões físicas e ameaças contra as famílias sem terra. Mas as famílias tem resistido bravamente!

Foram denunciados também o recente despejo da Ocupação Expedito Xavier organizada pelo MLB no Setor de Indústrias Gráficas do DF, as perseguições às lideranças da FNL, a prisão injusta da liderança “Zezé” do MTST-DF que segue presa até hoje sob a acusação sem provas de “extorsão” das famílias, a mesma acusação infame que recai também sobre o MRP. Ficou claro para todos a política nacional do Estado de aumentar a criminalização e repressão das lutas, sob a forma de Projetos de Lei de políticos latifundiários e burgueses. Também ficou claro que haverá muita resistência, e a luta vai continuar.

Após a audiência, as organizações presentes foram em marcha para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) onde exigiram o arquivamento imediato do processo de condenação dos 11 ativistas do MRP e denunciaram a repressão ao acampamento Terra Prometida. Os presentes gritaram alto as palavras de ordem “Arquiva o processo do MRP, lutar não é crime, o povo vai vencer!” e “Nossa bandeira está erguida, viva a luta da Terra Prometida!”.

Para a organização destas e outras ações foi formado em Brasília o Comitê de Solidariedade ao MRP. Reforçamos o apelo a todos os lutadores do povo e entidades do movimento popular e sindical de todo o Brasil a se unirem à campanha de solidariedade ao MRP, o caso mais emblemático e gritante da política de criminalização das lutas populares no Distrito Federal.

Arquivamento do processo contra os 11 ativistas do MRP!

Fim à repressão ao Acampamento Terra Prometida!

Avante a ação direta e a solidariedade de classe para garantir terra, moradia e liberdade para o povo!

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