Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº8, Fevereiro/Março/Abril de 2024.
Antonio Galego
Uma atuação política eficiente deve levar em consideração a realidade da classe ou camada social que se organiza ou se pretende organizar. Essa realidade abarca principalmente as condições materiais de vida (econômicas, políticas e sociais), mas também as subjetivas e ideológicas.
Hoje, tanto a esquerda como a direita tendem a desconsiderar as massas. A esquerda elegeu a aristocracia operária e dos serviços públicos, e uma pequena-burguesia progressista metropolitana, como modelos ideais do que seria (ou deveria ser) a “classe trabalhadora”. A direita também criou uma ideia distorcida de “trabalhador” baseada nos pequenos e médios empresários, “empreendedores”. Ainda que esquerdistas e direitistas se afirmem “representantes” da classe trabalhadora ou do povo brasileiro, estão longe disso, conseguem apenas expressar (parcialmente) os interesses e simbologias dessas camadas médias da sociedade. Continuar a ler