Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº13, Maio/Junho/Julho de 2025.
Antônio Galego.

Ao longo de fevereiro e março desse ano o Grupo Libertação Popular realizou em Brasília (DF) uma série de encontros de formação (subsidiados por um caderno de textos disponível no site do jornal) com a temática “Ciclo de Formação do Militante do Povo – trabalho de base, perfil militante e análise de conjuntura”. O intuito foi fornecer ferramentas básicas, políticas e teóricas, para a análise e intervenção na luta de classes. Para além disso, os debates evidenciaram a importância da formação em tempos de refluxo, e que tipo de formação devemos buscar como revolucionários.
Em um momento de crise de organização e direção da classe trabalhadora, conjugada com refluxo (diminuição) das lutas, é normal as pessoas jovens ou recém ingressas na militância se sentirem “perdidas”, afinal de contas, nos momentos de crise as referências do que é certo ou errado a se fazer ficam mais confusas. Organizações que teriam força para fazer alguma mudança, não o fazem, e aquelas que teriam a intenção de mudar algo, não tem força para isso. Numa situação assim, a tendência geral é as pessoas se agarrarem naquilo que é mais “sólido” (ou aparenta ser), inclusive se afastando da militância. Por mais contrariadas ou “críticas”, muitas pessoas também acabam apoiando as opções políticas hegemônicas, simplesmente por que não veem futuro ou estão cansadas de ser oposição.
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Enquanto a esquerda universitária está “lutando” (simbolicamente) contra youtubers e meia dúzia de idiotas de direita, o rodo de medidas contra as massas populares, os estudantes pobres e a própria educação pública vai passando através dos órgãos do poder real do Estado: governo, parlamento, reitoria, etc. Esses órgãos e agentes do poder burguês não só ficam de fora da indignação seletiva da esquerda universitária como são comumente defendidos em nome da “luta antifascista”.











