O papel da formação dos militantes do povo nos períodos de crise e refluxo

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº13, Maio/Junho/Julho de 2025.

Antônio Galego.
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VIVA O 1º DE MAIO CLASSISTA E COMBATIVO! Nossa tradição de luta e os desafios atuais da classe trabalhadora

Comunicado nº4 do Grupo Libertação Popular – GLP, Brasil, dezembro de 2024.

Contato: glp.nacional@inventati.org

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Abril de 68, Contagem (MG): A grande greve operária que desafiou o arrocho da ditadura


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“Pax Antifascista” na UnB: a serviço de quem?

Grupo Libertação Popular – Distrito Federal (GLP-DF)

Brasília-DF, 25 de março de 2025.


Enquanto a esquerda universitária está “lutando” (simbolicamente) contra youtubers e meia dúzia de idiotas de direita, o rodo de medidas contra as massas populares, os estudantes pobres e a própria educação pública vai passando através dos órgãos do poder real do Estado: governo, parlamento, reitoria, etc. Esses órgãos e agentes do poder burguês não só ficam de fora da indignação seletiva da esquerda universitária como são comumente defendidos em nome da “luta antifascista”.

A questão não é defender os playboyzinhos de direita, mas entender a dimensão e o uso político que se faz da “luta antifascista” no atual contexto político, que desloca a energia dos ataques a direitos substanciais. De como essa centralidade é parte essencial dos aspectos negativos do movimento estudantil da UnB.

Jovens de direita e conservadores arrancando cartazes e apagando pichações da esquerda (e vice-versa) já existem bem antes do fenômeno bolsonarista e das redes sociais. No entanto, isso não tinha a mesma importância. Há uma ou duas décadas atrás a esquerda universitária (mesmo a reformista) era pressionada por muitas demandas concretas das bases estudantis e sindicais e em geral o conflito com os direitistas (e entre esquerda pelega x combativa) ocorria em torno de lutas materiais, em greves, piquetes, ocupações, protestos, etc. Não se davam em torno de disputas palacianas ou virtuais que em nada impactam a universidade e a vida dos estudantes pobres.

Essas disputas e lutas simbólicas são muito úteis como um esquenta pré-eleitoral para 2026. São muito úteis particularmente para a direita. Foi a direita que começou a provocação, ela sabia e esperava que teria alguma resposta. É essa pequena política de fundo eleitoral (mesmo que não explicitado por ambos os lados) que a esquerda e a direita pequeno-burguesas adoram, onde se engalfinham, se retroalimentam e agitam as suas bolhas. E, juntas, vão aumentando ano após ano a sua rejeição pelas massas.

Há 7 anos atrás, em abril de 2018, aconteceu a última ocupação da reitoria da UnB, antes da pandemia e do mandato de Bolsonaro. Antes disso, entre 2008 e 2018 as ocupações ocorriam mais de uma vez ao ano, além dos outros métodos de luta, mobilizando centenas e até milhares de estudantes por reivindicações concretas contra inimigos palpáveis. Mesmo quando a direita estava na direção do DCE, da ADUnB ou da Reitoria. No entanto, desde 2018 o órgão de poder universitário vive o seu período de menor contestação, é a “Pax Antifascista”. Essa paz é a expressão de um movimento estudantil profundamente capturado pela polarização eleitoral burguesa (lulismo x bolsonarismo), incapaz de mobilizar os estudantes pobres por reivindicações concretas, conciliatório e rabo preso com os poderes estabelecidos tidos como “democráticos”. Continuar a ler

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O Amigo do Povo nº12 – Fevereiro/Março/Abril de 2025

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A luta contra a escala 6×1 e a estratégia de guerra de classes no setor privado

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº12, Fevereiro/Março/Abril de 2025.

Antonio Galego.

A luta contra a escala 6×1 demonstrou três lições importantes: 1º) as redes sociais e a opinião pública são importantes, mas incapazes (por si sós) de criar os meios de vitória de uma luta como a redução da jornada, que exigirá um processo prolongado de organização e ação direta de massas; 2º) a baixa ou nula inserção das esquerdas (reformistas ou revolucionárias) no setor privado e precarizado limita a força e a legitimidade do movimento; 3º) as tentativas recentes de inserção militante no setor privado evidenciam limites das táticas e estratégias das esquerdas, colocando em xeque os métodos de trabalho de base tradicionais.

Essas três lições, confrontadas com a realidade de tirania burguesa exercido nos locais de trabalho, exige dos militantes classistas uma estratégia política condizente frente a uma situação altamente repressiva, uma nova estratégia de guerra de classes. Não é possível penetrar nesses espaços e ganhar a base das categorias com a estratégia tradicional da esquerda. A estratégia sindical reformista, com seus métodos e ilusões legalistas e democratistas, é incapaz de mobilizar as bases e mudar a correlação de forças entre patrão x empregado nessas condições, leva no máximo à “ganhos de posição”, à conquista do aparato sindical. Continuar a ler

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As mulheres e a luta contra a escala 6×1

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº12, Fevereiro/Março/Abril de 2025.

Aurora.

Em meio a ascensão da luta e debate pela redução da jornada de trabalho, os dados que começam a ser divulgados demonstram como a realidade do trabalho no Brasil é precária. Mesmo sendo uma potência em recursos naturais e energéticos, mesmo com o aumento da tecnologia, mesmo com os lucros exorbitantes da burguesia brasileira, as condições de trabalho no país não melhoram. Pelo contrário, a flexibilização do trabalho avança, os direitos são desmanchados e a carga horária é mantida e até mesmo ampliada.

Neste contexto de precarização existe um amplo setor do nosso povo que vive para trabalhar, aqueles/as submetidos/as à escala 6X1. Segundo dados da OIT 11% da população brasileira trabalha mais do que 48h semanais! Ou seja, um significativo setor da nossa população encontra-se submetido a uma rotina de trabalho que usurpa o tempo de lazer, descanso, de socialização com a família e/ou amigos. Continuar a ler

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Impactos da chuva no Sol Nascente: crise socioambiental na periferia de Brasília

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº12, Fevereiro/Março/Abril de 2025.

Érico.

Foto: Agência Brasília – Voçoroca e habitações em área de risco no Trecho III do Sol Nascente em Brasília-DF

Todos os anos acompanhamos nos noticiários cenas de uma mesma tragédia social e ambiental que assola as periferias das grandes cidades após períodos severos (ou nem tão severos) de chuvas. Se por um lado vemos o acirramento das chuvas torrenciais e registros da pluviosidade superando a normal mensal, em poucas horas ou dias de chuva, de outro vemos o acúmulo da desigualdade e o problema habitacional, relacionado diretamente com a situação ambiental.

No Sol Nascente, quebrada localizada há 33km do centro de Brasília, registrou-se em 2024, cenas lamentáveis de pessoas e veículos sendo arrastadas pelas enxurradas. Casas sendo devastadas pelas correntezas de córregos que transbordaram, e famílias amedrontadas com a possibilidade de perderem suas moradias, muitas vezes localizadas em áreas de risco.

Tendo como primeiros habitantes chacareiros e pequenos agricultores, propriedades rurais que logo foram loteadas, o Sol Nascente cresceu também por meio das ocupações de terras espontâneas ou lideradas por movimentos sociais. Em todos esses casos, o cerne é o direito de morar, base para o desenvolvimento humano. Continuar a ler

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Perseguição aos movimentos sociais: o medo das classes dominantes

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº12, Fevereiro/Março/Abril de 2025.

Érico.

Manifestação em frente ao STJ, em Brasília, contra a criminalização dos movimentos sociais (05/12/2024).

A elite político-econômica brasileira apresenta cada vez maiores e mais violentas ofensivas no campo institucional e fora dele. Em texto publicado no número 10 do nosso jornal, a autora Aurora apontou que uma das interpretações possíveis para o foco da bancada ruralista e outros parlamentares na criminalização de ocupações, nos sugere que essa tática da ação direta atinge prontamente o regime de concentração de terras e da lógica da propriedade privada.

Além desta ameaça, o contrapoder das ocupações de terra demonstra à sociedade a capacidade das mobilizações de massa, e questiona a ideologia dos latifundiários que naturaliza a desigualdade e concentração, legitimando a propriedade como direito absoluto, independente dos cenários de fome, devastação ambiental ou de exclusão promovida por ela. Ocupações bem-sucedidas incentivam outras mobilizações, criando virtuosamente a possibilidade de novas ações.

Recentemente na Câmara dos Deputados, o PL 4357/2023 propôs a exclusão do conceito de “função social da terra”, introduzido pelo Estatuto da Terra e incorporado à Constituição Federal. Desta forma através da criação dos Projetos de Lei, as elites políticas e econômicas antecipam-se perante o avanço da histórica luta dos povos pela desconcentração de terras. Esses projetos possuem caráter ofensivo preventivo, visando tornar inviáveis as ações dos movimentos populares, desmobilizando sua capacidade organizativa, estratégica e tática. Exemplo desta tentativa de desmobilização e descaracterização dos movimentos sociais, o PL 4183/2023 busca tornar obrigatória a forma de pessoa jurídica nos movimentos, visando facilitar a criminalização e responsabilização legal, além de burocratizar movimentos. Continuar a ler

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A Conjuração Negra em Pilar de Goiás

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº12, Fevereiro/Março/Abril de 2025.

Jiren D.

A história oficial frequentemente silencia sobre as fugas de escravos e a existência de quilombos bem-sucedidos na capitania de Goiás. Contudo, alguns episódios emergem dessa omissão, como o Quilombo de Papuã, localizado em Pilar de Goiás, cujo nome faz referência ao capim marmelada, planta abundante na região.

A cidade de Pilar de Goiás, durante o século XVIII, possuía uma população majoritariamente negra, com os brancos representando apenas 2,2% da população. Esse cenário demográfico, aliado à localização geográfica distante de reforços militares, fez da cidade um território especialmente vulnerável para os colonizadores e terreno fértil para a resistência escrava. Pilar de Goiás era cercada por quilombos que desafiavam constantemente a autoridade do regime escravista. Entre os muitos relatos de resistência, está o ataque de quilombolas a uma lavra em 1751, que resultou na morte de um senhor e seus dois escravos aliados, com mutilações nos corpos como forma de intimidação psicológica. Continuar a ler

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