
Quem somos nós e quem são nossos inimigos?
Análise de conjuntura e orientação política e estratégica do Grupo Libertação Popular
Comunicado nº1 do Grupo Libertação Popular – GLP, Brasil, maio de 2024.
Contato: glp.nacional@inventati.org
Aos militantes do movimento sindical, estudantil, operário, e camponês; A juventude, as mulheres trabalhadoras, ao povo oprimido, negro e indígena; Aos sinceros lutadores do povo, em partidos, sindicatos, cooperativas e demais entidades; Ao bravo povo brasileiro de forma geral.
O Grupo Libertação Popular (GLP) é uma tendência classista e combativa que atua nos movimentos e lutas da classe trabalhadora. Nesse documento apresentamos uma síntese da nossa análise da realidade brasileira e da nossa orientação política e estratégica.
Nosso agrupamento é filho da crise de organização e direção das massas populares no Brasil, que atinge hoje seu nível mais elevado. São décadas de burocratismo e eleitoralismo dos principais partidos e centrais de esquerda, corroendo, reprimindo e desacreditando os esforços mais autênticos de construção da revolução brasileira. Hoje, a esquerda e a direita são, igualmente, marionetes da grande política burguesa. Uma grande parte do povo percebe isso.
Engana-se quem pensa que as massas populares estão absolutamente cooptadas pela política burguesa. A apatia relativa e aparente das massas é mais um fruto da desconfiança (ou seja, de sua sabedoria) e de sua desorganização classista, do que da diminuição do seu instinto de revolta contra a exploração e a opressão. Por outro lado, as contradições econômicas e políticas do capitalismo brasileiro se acumulam. Não precisa ser vidente pra saber que novas e importantes batalhas se avizinham, se acumulando por debaixo da superfície de aparente calmaria.
Mas o velho resiste em morrer e o novo não consegue nascer. É nesse contexto de crise profunda da organização das massas que surge como necessidade histórica e incontornável a reorganização da classe trabalhadora e das forças revolucionárias.
O GLP surge para contribuir com esse processo, fortalecendo as lutas e organizações populares, retomando um projeto estratégico de organização a partir das autocríticas e aprendizados das últimas duas décadas de militância. Sabemos que a concepção socialista revolucionário tem hoje pouca expressão na classe, mas essa situação só será resolvida com um intenso trabalho militante e uma clara orientação do que fazer. Continuar a ler →