Os Ajustes Fiscais anti-povo do Governo Lula–Alckmin

Publicada no Jornal O Amigo do Povo, nº9, Maio/Junho/Julho de 2024.

Jiren D.

O governo Lula-Alckmin continua a trilhar a política de estado do capitalismo dependente brasileiro definida pelo imperialismo ao Brasil, um modelo neoliberal, agroextrativista e militarista, mantendo-se como um instrumento da dominação burguesa, subjugado ao imperialismo contra as massas populares. A chamada “frente ampla” não passa de uma coalizão elitista burguesa que, sob uma roupagem supostamente democrática e progressista, impõe as massas populares uma agenda de ajustes fiscais anti-povo, valendo-se de diferentes formas de governabilidade, onde as burocracias sindicais, estudantis, populares e identitárias são cooptadas para servir aos interesses das classes dominante como forma de enganar e fragmentar as resistências do povo ao governo. Continuar a ler

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Cruzadinha – Palestina Livre

Publicada no Jornal O Amigo do Povo, nº9, Maio/Junho/Julho de 2024.

1) Organização político militar, fundada em 1967, de orientação marxista-leninista que atua na Palestina.
2) organização política e militar palestina de orientação sunita islâmica que governa a Faixa de Gaza.
3) Leila ________ é uma militante política que luta pela libertação da Palestina. Em um de seus célebres discursos ela afirmou que “Eu aprendi que uma mulher pode ser um lutador, um lutador de liberdade ativista, e que ela pode se apaixonar e ser amada, ela pode ser casada, ter filhos, ser mãe… a revolução deve significar a vida também; todos os aspectos da vida”.
4) Estado impulsionador da ocupação no território Palestino.
5) Série de revoltas do povo Palestino contra a ocupação territorial.
6) Ideologia colonial que fundamenta o expansiosmo do Estado de Israel.
7) Região palestina ocupada por Israel onde os conflitos e genocídio são mais intensos.

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1º de maio: Unir o povo trabalhador pra lutar por seus direitos, contra os governos e patrões

Edição Extra do Jornal O Amigo do Povo, 01 de Maio de 2024.

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Sempre no 1º de maio recebemos muitas mensa gens e homenagens, algumas sinceras outras nem tanto, elogiando aqueles que trabalham e dão duro todos os dias. Muitos governantes, patrões, gerentes, encarrega- dos, que são responsáveis pelo sofrimento e a pobreza dos trabalhadores, vão sorrir e desejar felicidades. Mas poucas pessoas falam da verdadeira realidade do trabalhador, poucos falam o que o trabalhador merece pelo seu esforço, poucos falam como ele vai conquistar uma vida digna, justa e livre. É hora de parar com as mentiras eleitoreiras, de ostentação, de nos entupir com drogas, redes sociais e remédios. Essas coisas não vãomelhorar nossa vida. É hora de falar a verdade sobre o que o trabalhador merece, é hora de tomar de volta tudo aquilo que os ricos andam nos roubando todos os dias há mais de 500 anos. É difícil? Sim, parece loucura, mas é a única forma de mudar a nossa realidade. Ir à luta, unir nossos irmãos e irmãs do trabalho e do bairro, ser a faísca que vai incendiar o canavial. É essa conversa que precisamos ter nesse 1º de maio.

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Saudações ao Acampamento Terra Livre!

Edição Extra do Jornal O Amigo do Povo, 22 de Abril de 2024.

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Os povos indígenas do Brasil se reunirão em Brasília entre os dias 22 e 26 de abril para mais um Acampamento Terra Livre (ATL) com o lema “Nosso Marco é Ancestral, sempre estivemos aqui!”. São 20 anos de realização do ATL, um momento histórico de unificação das lutas indígenas. São mais de 500 anos de resistência contra o colonialismo e o capitalismo que até hoje ameaça a vida e o território dos povos originários. O Marco Temporal é, sem dúvida, a maior ameaça. O atual governo Lula-Alckmin faz um jogo duplo, oportunista, no discurso diz uma coisa mas na prática segue favorecendo o latifúndio e os projetos capitalistas que atacam os direitos indígenas e camponeses. O Marco Temporal foi aprovado com enorme apoio da base do governo que compõe a bancada ruralista. Além disso, diversos projetos econômicos (rodovias, ferrovias, mineração, agronegócio, etc.), sob a articulação do Novo PAC, estão em curso para beneficiar as classes dominantes e o imperialismo. É importante entender que o governo atual serve aos interesses dos ricos e, por isso mesmo, é inimigo dos povos. Nesse ATL conclamamos os povos a lutar com independência frente ao governo, sem ilusões com a farsa eleitoral, se organizando e unificando as lutas para retomar a terra e a liberdade para o povo.

Viva a resistência ancestral dos povos indígenas!
Não ao Marco Temporal e a Farsa Eleitoral!

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O Amigo do Povo nº 8 – Fevereiro/Março/Abril de 2024

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Nesta edição:


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As eleições municipais e o oportunismo dos partidos

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº8, Fevereiro/Março/Abril de 2024.

Érico

Na toa da polarização eleitoral que caracterizou a última disputa para a presidência da república, Bolsonaro (PL) e Lula (PT) se fazem cabos eleitorais para fortalecer seus apoios em capitais e regiões metropolitanas. Como parte do sistema eleitoral da democracia burguesa, o cinismo inerente a quem disputa este sistema é demonstrado nas alianças de quem se fará carrasco dos trabalhadores, inclusive, e não poderia ser diferente, a esquerda institucional.

É o caso recente da aliança entre Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (de volta ao PT), que compunha o alto escalão da gestão de Ricardo Nunes (MDB) na prefeitura de São Paulo. PSOL e PT demonstram cada vez mais sólida aliança, e apostam tudo no retorno às prefeituras. Outros exemplos podem ser dados, como no caso de políticos de partidos direitistas que compõe a base do governo Lula, mas deixam seus partidos para se filiarem aos de centro-esquerda e esquerda, com o intuito de se aproximarem do presidente. É o caso de Yves Ribeiro (ex-MDB) em Pernambuco, que deixou o partido para filiar-se ao PT, numa articulação conduzida por Carlos Veras (PT), deputado federal pelo Pernambuco.

Sem novidades, a prática das esquerdas, dos partidos eleitorais, é a mobilização de nomes, representantes e lideranças políticas para energizarem a disputa pelas cadeiras de vereadores e prefeitos nos municípios. A reconquista eleitoral chantageia e enfraquece movimentos e demandas sociais urgentes. Enquanto isto, problemas locais (e nacionais) básicos como a precarização do trabalho, educação, moradia, saúde, mobilidade, se arrastam, sem parecer invocar à luta real, tais lideranças e partidos. Continuar a ler

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Lições da Argentina: da vitória eleitoral da extrema-direita à mobilização operária e popular

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº8, Fevereiro/Março/Abril de 2024.

No dia 24 de janeiro de 2024 os trabalhadores argentinos realizaram uma grande paralisação nacional contra a retirada de seus direitos, em especial contra o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) nº 70/2023 e contra o projeto de lei chamado “Lei Omnibus”. Ambos foram apresentados em dezembro de 2023, no início do governo do ultraliberal Javier Milei.

Milei busca uma maior liberdade de mercado e concentração de poderes do Estado, em benefício da grande burguesia e as custas do aumento da exploração econômica, pobreza e repressão das massas populares.

Os protestos desde dezembro do ano passado, e intensificados com a paralisação de 24 de janeiro, vem sendo duramente reprimidos, com presos e feridos. No entanto, já existe uma vitória parcial da pressão popular: o governo não conseguiu aprovar a “Lei Omnibus” no parlamento. A luta deve seguir!

Diferente do medo usado no Brasil pra paralisar os trabalhadores durante o governo Bolsonaro, e depois pra justificar as alianças espúrias entre a esquerda e a direita para “tirar Bolsonaro”, na Argentina os trabalhadores tem demonstrado que é possível lutar sob qualquer governo burguês.

A esquerda reformista argentina também quer diminuir a luta e subordina-la aos políticos. Seria um desastre, como foi no Brasil. O caminho para os povos na América Latina é: organização das bases, ação direta e reivindicações populares! ■

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Editorial | Vivam os 2 anos do Amigo do Povo! Referências históricas e perspectivas para o futuro

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº8, Fevereiro/Março/Abril de 2024.

Antonio Galego

No mês de março de 2022 foi lançada a primeira edição do jornal O Amigo do Povo. A edição trazia em sua capa uma apresentação dos ideais e objetivos que o jornal se propunha a servir e as tradições políticas que nos referenciamos. A distribuição iniciou nas periferias de Brasília, Goiânia, cidades do interior de Goiás e Mato Grosso do Sul, por militantes insatisfeitos com os rumos da esquerda e dos movimentos.

O nome do jornal foi escolhido a princípio por influência de um outro jornal anarquista revolucionário espanhol, “El Amigo del Pueblo”, editado pela organização Amigos de Durruti, marcado por suas polêmicas ácidas em defesa do poder proletário e contra as capitulações reformistas da CNT-FAI na guerra civil espanhola (1936-1939).
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O dia em que o morro descer e não for carnaval

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº8, Fevereiro/Março/Abril de 2024.

Um samba de Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro

O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil)

No dia em que o morro descer e não for carnaval
não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral
e cada uma ala da escola será uma quadrilha
a evolução já vai ser de guerrilha
e a alegoria um tremendo arsenal
o tema do enredo vai ser a cidade partida
no dia em que o couro comer na avenida
se o morro descer e não for carnaval

O povo virá de cortiço, alagado e favela
mostrando a miséria sobre a passarela
sem a fantasia que sai no jornal
vai ser uma única escola, uma só bateria
quem vai ser jurado? Ninguém gostaria
que desfile assim não vai ter nada igual

Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga
nem autoridade que compre essa briga
ninguém sabe a força desse pessoal
melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria
senão todo mundo vai sambar no dia
em que o morro descer e não for carnaval.

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A crise no PCB como reflexo da crise da esquerda

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº8, Fevereiro/Março/Abril de 2024.

Editora Grito do Povo.

Às vezes, somente é possível ver o real conteúdo de uma organização quando a crise se instaura. Desde 2023 o PCB passa por um momento crítico, centenas de desfiliações de norte a sul, que confluem na tentativa de fundação de um novo Partido, o Partido Comunista Brasileiro – Reconstrução Revolucionária.

Nos últimos anos houve uma enxurrada de cisões na esquerda brasileira, do campo marxista ao anarquista. A diferença do recente racha foi o alto grau de exposição pública nas redes sociais que expôs a fragilidade interna do partidão. Se no curso das lutas, o PCB conseguiu projetar uma imagem forte e disciplinada, a crise veio mostrar o contrário, um partido frágil, engessado pelo burocratismo e liberalizado pelo identitarismo pretensamente “revolucionário”.

Mundialmente, há uma crise na esquerda que tem como fatores conexos, a incapacidade em se adaptar ao novo estágio capitalista e a incapacidade de se criar novas estratégias capazes de mobilizar o povo para além das camadas médias progressistas dos centros urbanos. Se antes da reestruturação produtiva, na década de 70, o foco e força dos socialistas estava na mobilização das massas da cidade e do campo, as décadas seguintes foram marcadas pela incapacidade de penetrá-las. No Brasil nos deparamos com essa transição somente na década de 80, pouco a pouco as ofertas de vagas migraram da indústria para o setor de serviços, a permanência nos empregos se tornou breve e os locais de trabalho passaram a concentrar cada vez menos trabalhadores. Não por coincidência, o período ficou marcado como o último de inserção da esquerda nos movimentos de massa. Continuar a ler

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