Irã executa quatro presos políticos curdos

Publicado no Jornal O Amigo do Povo, nº8, Fevereiro/Março/Abril de 2024.

Jiren D.

No último dia 29 de janeiro, a ditadura teocrática do Khomeini no Irã executou mais quatro presos políticos curdos na prisão de Ghezel Hesar em Karaj, província de Alborz. Os quatro indivíduos, identificados como Faramarzi, Mazloum, Azarbar e Fatehi, foram condenados à morte por uma acusação falsa de “espionagem para Israel”.

Os quatro presos políticos eram membros do Komala, um partido político reformista curdo que luta pela independência do Curdistão no Irã. Eles foram detidos pelo Ministério da Inteligência em junho de 2022 e foram mantidos em segredo durante toda a sua detenção.

No dia anterior à sua execução, as famílias dos presos foram convocadas para a prisão de Evin para uma visita familiar. No entanto, os presos foram transferidos para a prisão de Ghezel Hesar e executados na presença de autoridades judiciais e de segurança. Após serem brutalmente enforcados o Estado se negou a entregar os corpos aos familiares e camaradas.

A execução dos quatro presos políticos curdos faz parte de escalada do aumento da repressão aos curdos no Irã num contexto de aumento de tensão no Oriente Médio. Segundo o relatório do Kurdistan Human Right, em 2023 pelo menos 745 civis e ativistas curdos foram detidos pelas forças de segurança do Irã.

Essas execuções são um crime contra todos os oprimidos e todos que lutam por autodeterminação e liberdade. Esse crime deve ser denunciado e combatido por todos os trabalhadores e revolucionários do mundo como uma forma de fortalecer a solidariedade entre os oprimidos. Como disse Bakunin: “me sinto patriota de todas as pátrias oprimidas”, mostrando a importância da luta por autodeterminação dos povos oprimidos.

As organizações populares e revolucionárias devem furar a bolha da esquerda ocidental e divulgar e solidarizar aos recém-chamados de greve de fomes de prisioneiros curdos no Irã e também os chamados de greve gerais chamado por organizações curdas contra as execuções e a partir dessa solidariedade construir uma rede de solidariedade dos trabalhadores e revolucionários com todos os povos oprimidos, como os curdos e palestinos no Oriente Médio. ■

Mártires não morem!
Não esquecemos e Não perdoaremos!

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